- Colo do Útero:
O câncer de colo uterino persiste com alta incidência no Brasil apesar de poder ser diagnosticada em fases iniciais através do exame de papanicolau e ser evitada com uso de preservativos e mais recentemente com a vacina. É assintomático nas fases iniciais, sendo o sangramento vaginal incomum seu principal sintoma. A infecção pelo HPV (Papilomavírus humano) é o principal fator de risco para a doença. O diagnóstico é feito através da Colposcopia, que é uma especie de binóculo que permite a biópsia de lesões inclusive invisíveis ao olho humano. O tratamento cirúrgico através de uma Histerectomia simples ou Radical, aberta ou laparoscópica, é usado em seus estágios mais iniciais. Quimioterapia combinada à Radioterapia são utilizados em casos avançados ou em associação com a cirurgia. - Endométrio:
Neoplasia do corpo uterino geralmente caracterizado por sangramento vaginal após a menopausa. Está associada à obesidade, hipertensão, diabetes e hiperplasia endometrial. A ultrassonografia transvaginal mostra um espessamento da membrana interna do corpo uterino (endométrio) com a biópsia sendo realizada preferencialmente através da Histeroscopia. A cirurgia é o tratamento de padrão-ouro para o câncer de endométrio. Quimioterapia e Radioterapia podem ser usados como adjuvantes em estágios mais avançados da doença. - Ovário:
O câncer de ovário é silencioso, só apresentando sintomas quando há grande volume tumoral e por isso cerca de 75% dos casos são diagnosticados com doença avançada. Os sintomas são vagos e inespecíficos como dor abdominal, empachamento, sangramento vaginal, perda de peso e aumento de volume abdominal. O risco da doença aumenta com a idade, além do fato de não ter filhos e história familiar positiva. O diagnóstico é feito através de exames de imagem como ultrassonografia e tomografia, com a confirmação feita através de biópsia no momento da operação que pode ser inicialmente diagnóstica ou terapêutica (cirurgia citorredutora). A quimioterapia tem papel importante no tratamento do carcinoma seroso do ovário, sendo feita por via venosa e também intra-peritoneal (HIPEC). - Vulva:
90% dos cânceres de vulva são do tipo escamoso e se parecem com verrugas em crescimento, sendo tratados com sucesso na maioria das vezes. Os principais sintomas são a presença de nódulo na genitália, coceira, dor e sangramento local. Idade avançada e infecção pelo HPV são os principais fatores de risco. O diagnóstico é confirmado através da biópsia e o tratamento mais efetivo é a ressecção cirúrgica, que varia desde a Vulvectomia simples, radical, até procedimentos mais extensos envolvendo a retirada de órgãos pélvicos como o Reto e a Bexiga, nos estágios mais avançados.