CIRURGIAS

Esôfago e Estômago

ESÔFAGO
O esôfago é um órgão em forma de tubo que leva a comida desde a garganta até o estômago. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA) são previstos para o ano de 2023 cerca de 9.000 novos casos da doença em homens e 3.000 em mulheres no Brasil. Existem dois tipos de câncer de esôfago, o adenocarcinoma que está associado ao refluxo e obesidade e o carcinoma escamoso, associado ao fumo e álcool. Nas fases iniciais a doença é assintomática. Os principais sintomas são indigestão, azia, entalo progressivo, dor em queimação no peito, perda de apetite e peso, vômitos, anemia e tosse crônica. O diagnóstico é feito através da endoscopia digestiva alta com biópsia. O estadiamento, isto é a avaliação da extensão da doença se dá através de tomografia, broncoscopia, ecoendoscopia e PET-CT. O tratamento envolve a cirurgia ou seja a Esofagectomia, realizada geralmente de forma minimamente invasiva (Toracoscopia e Laparoscopia), quimioterapia e radioterapia. A sequência depende da extensão da doença.

ESTÔMAGO
Segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), 23.000 brasileiros devem receber o diagnóstico de câncer de estômago em 2023, sendo 14.000 homens e 9.000 mulheres. O principal fator de risco para a doença é uma bactéria, a HELICOBACTER PYLORI, que infecta metade da população mundial, não causando sintomas na maioria das vezes, ou causa gastrite e úlcera. Em 5% dos casos causa inflamação crônica que pode progredir para o câncer. Sua transmissão se dá através de alimentos e bebidas contaminadas. Ouros fatores de risco são consumo excessivo de sal, fumo, idade maior que 55 anos, a algumas síndromes familiares como câncer gástrico familial, síndrome de Li-Fraumeni e câncer colorretal não-poliposo (HNPCC). Os sintomas do câncer de estômago são inespecíficos, se confundem com uma simples gastrite, podendo retardar seu diagnóstico. Os principais são: Dor no estômago, azia, má-digestão, empachamento, náuseas e vômitos, perda de peso e apetite, anemia e inchaço no abdômen. O diagnóstico é feito através da endoscopia digestiva alta com biópsia. O estadiamento é feito através de tomografia, ressonância magnética e ecoendoscopia, modalidade que associa a ultrassonografia com endoscopia. O ÚNICO TRATAMENTO CURATIVO DO CÂNCER GÁSTRICO É A CIRURGIA. Tumores muito precoces podem ser removidos por endoscopia. Os demais pacientes são candidatos a uma Gastrectomia que pode ser total ou parcial dependendo da localização do tumor. Pode ser feita de forma convencional ou minimamente invasiva. É importante a retirada da drenagem linfática regional em conjunto com a Gastrectomia, chamada Linfafenectomia D2, sendo o cirurgião que realiza o procedimento um importante fator prognóstico, ou seja, de cura para o paciente. Este deve ser especialista no tratamento do câncer e ter recebido treinamento específico para tratar a doença. Cirurgia feita com cirurgião especialista em conjunto com protocolos corretos que podem incluir quimioterapia e radioterapia, chegam a curar 60% a 70% dos pacientes com doença localizado ou regional.